Contra mais uma Reforma Educacional nos moldes do empresariado, os professores de Porto Alegre reagiram à perspectiva de diminuição dos tempos das aulas e dos intervalos, definidos pela Secretaria Municipal de Educação. No processo assumido, contra atacam com desobediência civil a um decreto que consideram ilegal, por ferir a legislação brasileira no que se refere à não observância do princípio da gestão democrática.
A matéria de Jorge Barcellos, "A educação dos professores", veiculada no Le Monde Diplomatique Brasil (leia aqui) aprofunda a importância desse exemplo, em tempos de investida dos Reformadores Empresariais Brasileiros em todos os níveis de ensino.
E aqui concluo fazendo referência ao debate que Ístván Mészáros faz do tempo histórico:
“O modo historicamente único de reprodução sociometabólica do
capital degrada o tempo porque a determinação objetiva mais fundamental de sua forma própria de intercâmbio humano é a condução
irreprimível à contínua auto-expansão, definida pelas características
intrínsecas a esse modo de intercâmbio societário como a necessária expansão do capital, alcançada na sociedade de troca apenas
por meio da exploração do tempo de trabalho. O capital, portanto,
deve tornar-se cego com relação a todas as dimensões do tempo diversas da dimensão relativa ao trabalho excedente explorado ao
máximo e o correspondente tempo de trabalho" (2007, p. 33).
30 de maio de 2017
Katharine Ninive Pinto Silva
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